sábado, 13 de abril de 2013

II Encontro de História & Arquivos - Tema: “Historiografia Amazônica e Gestão Documental”



Um dos grandes patrimônios histórico, arquitetônico e documental da Amazônia, o Arquivo Público do Estado Pará (APEP) completa 112 anos neste mês, e as comemorações culminam na realização do II Encontro de História & Arquivos, com a temática “Historiografia Amazônica e Gestão Documental”. A programação acontece entre os dias 16 e 18 de abril, no prédio da Universidade da Amazônia (Unama), localizado à Av. Senador Lemos.
O encontro é uma realização da Secult-PA, por meio da Diretoria de Patrimônio (DPHAC) e da direção do APEP, em parceria com a coordenação do curso de Licenciatura Plena em História da Unama. O evento pretende socializar os conhecimentos produzidos em teses de doutoramento nas áreas de História e Antropologia Social que utilizaram fontes encontradas no Arquivo, bem como discutir experiências, dificuldades e desafios na implementação de políticas públicas de arquivo e capacitar técnicos e interessados em gestão documental, de  acordo com as novas orientações da área de arquivologia. O público alvo são professores da Educação Básica e professores e alunos do ensino superior (graduação e pós-graduação) da área de Humanidades; técnicos e interessados da área de arquivos públicos e particulares.
Oficialmente criado na gestão do governador Augusto Montenegro, por meio do Decreto nº 996, de 16 de abril de 1911, o APEP possui mais de quatro milhões de documentos produzidos acerca do cotidiano da vida administrativa, legislativa e jurídica da região. Estão disponíveis códices – peças encadernadas – e avulsos, registros empacotados de diversas naturezas, incluindo uma coleção de iconografias. As memórias que este acervo resguarda revelam dinâmicas, negociações e conflitos históricos vivenciados por povos e culturas que viveram entre os séculos XVII ao XX, oriundos das várias regiões que anteriormente formavam o Estado do Grão-Pará, Maranhão e Rio Negro.
 
II Encontro de História & Arquivos - Tema: “Historiografia Amazônica e Gestão Documental” Dia 16 - De 8h30 às 17h
Dia 17 - De 8h30 às 17h30
Dia 18 - 8h30 às 19h, com cerimônia de encerramento.
Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ) da Unama - Av. Senador Lemos, 2809  Telégrafo
Programação completa e inscrições: www.apep.pa.gov.br/ apep.secult@yahoo.com.br
 
Foto: Elza Lima
Texto: Camille Nascimento

 
 

IV Encontro de Formação de Professores - Faculdade Ipiranga


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Morre a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher



Ideias de Thatcher influenciaram economia brasileira nos anos 1990


O impacto das ideias defendidas pela ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, que morreu nesta segunda-feira aos 87 anos, foi muito além da Europa e atingiu também outras partes do mundo, como a América Latina, onde a Dama de Ferro continua tendo defensores e detratores fervorosos.

Thatcher e outros líderes, como o presidente americano Ronald Reagan (1911-2004), lideraram uma tendência nos anos 1980 pela adoção do ideário neoliberal.
No Brasil, esse ideário chegou apenas uma década depois, inspirando parte das políticas econômicas adotadas principalmente durante os governos de Fernando Collor de Mello (1990-1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Estes períodos foram marcados pela abertura da economia brasileira a mercados estrangeiros e pela privatização de empresas estatais.

Para entender qual foi a importância deste legado no Brasil, a BBC Brasil conversou com três economistas de vertentes diferentes.

Ex-presidente do Banco Central (1980-1983), PhD em Economia pela Universidade de Chicago e diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas, Carlos Langoni considera que Thatcher foi uma 'grande estadista' graças a sua visão de futuro. Ele avalia que o legado das políticas neoliberais continua vivo e é em parte responsável pelo sucesso inclusive da China comunista.

Marcio Pochmann, professor da Unicamp, ex-presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e presidente da Fundação Perseu Abramo, entidade ligada ao PT, defende que as políticas neoliberais defendidas por Thatcher chegaram tardiamente ao Brasil, em uma época que ficou marcada por problemas sociais. Ele também avalia que tais ideias continuam vivas e estão sendo aplicadas em países da Europa para combater os efeitos da crise.

Já Antônio Corrêa de Lacerda, professor da PUC-SP e ex-presidente do Conselho Federal de Economia, afirma que as ideias econômicas de Thatcher também tiveram impacto em órgãos multilaterais como o FMI e o Banco Mundial, mas avalia que agora o mundo caminha para um 'novo consenso' onde não existe mais a dicotomia 'Mercado versus Estado'. Lacerda lembra ainda que a ex-premiê representou um modelo para as mulheres em todo o mundo.